Internacionalização Empresarial: Ampliando Horizontes e Sustentabilidade Econômica
A internacionalização moderna das empresas reflete a evolução da tecnologia e dos meios de comunicação à disposição das organizações. Esta expansão tecnológica, aliada a concentração de capital, faz com que empresas anteriormente domésticas, que atuavam somente em seu território, possam ter oportunidades de internacionalizar-se.
A facilidade de se adquirir recursos financeiros para financiar os projetos de internacionalização, cria uma saudável competição entre empresas que atuam no mesmo nicho de mercado.
Este processo também vem incentivando a formação de mão-de-obra especializada e cada vez mais técnica, trazendo para as organizações novas culturas e desafios humanos. Estes profissionais trazem consigo uma bagagem cultural de conhecimento específico do mercado que a empresa pretende atuar. Este é um ponto fundamental no processo de internacionalização, e muitas vezes não há este profissional disponível com estas características para que a empresa possa ter sucesso em sua empreitada.
Dentre as inúmeras etapas de preparação e planejamento da internacionalização, temos que considerar também as questões políticas do país origem da empresa. Acordos e normas regulatórias podem favorecer a investida internacional e proporcionar uma visão mais clara das exigências legais e específicas de cada mercado.
Os blocos econômicos criados para facilitar e incrementar as relações comerciais entre as organizações também atuam como força favorável e seguem passos bem definidos (união política, união monetária, mercado comum, união aduaneira e zona de livre comércio).
Podemos diferenciar o processo de internacionalização de uma empresa quanto a sua atuação.
A empresa doméstica ou local mantém atuação restrita ao mercado doméstico, tanto na compra como na venda.
A empresa Internacional já possui um modelo moderado de envolvimento internacional (exportadora). Normalmente possui sua sede ou matriz em um país, estabelecendo contato com clientes através de representantes, licenciamentos ou alianças estratégicas.
A empresa multinacional possui um elevado grau de envolvimento internacional e realiza investimentos diretos em países diversos pela operação própria nestes países ou pela aquisição total ou parcial de empresas domésticas existentes naquele mercado. Suas subsidiárias reportam-se às matrizes e operam de modo independente das outras subsidiárias.
A empresa global compartilha recursos em bases globais com o objetivo de entrar nos melhores mercados com produtos de máxima qualidade e preços competitivos. Tende a forte integração no núcleo decisório, enquanto as operações nos países hospedeiros tendem a gerar respostas locais. Há conflito entre o tipo de decisão tomada; se de maneira centralizada ou descentralizada.
A empresa transnacional integra recursos e responsabilidades ao redor de todas as unidades de negócio, independente das fronteiras nacionais. Ela tem forte identidade corporativa e possui alta fluidez no intercambio de pessoas e recursos.
Cabe ao gestor escolher a melhor geoestratégia global, aplicando internacionalmente a estratégia, sob a análise de fatores que podem interferir nos resultados.
Fatores a serem analisados: economia, política, sistema de transportes, cultura, indústria, localização geográfica, meio ambiente, aspectos regulatórios e segurança.
O ambiente de negócios é o resultado da junção destas forças sobre o espaço físico.
Partindo-se do modelo de ambiente de negócios citado, temos: necessidade do indivíduo (produto ou serviço); aspectos culturais e organizacionais da empresa (infraestrutura, aspectos legais e regulatórios, políticas de incentivo e promoção, mercado local, concorrência local e estrangeira); aspectos culturais e organizacionais do mercado alvo (situação política do país, tributação, câmbio, situações extremas, ambiente cultural, ambiente regulatório, concorrência local e estrangeira); conjuntura internacional: (macro fatores de risco, crises econômicas, matérias primas, aspectos geopolíticos, ambiente industrial, meio ambiente).
A sustentabilidade do processo de internacionalização virá pelo faturamento a partir das operações internacionais, seja pela exportação, importação de insumos de produção, alianças estratégicas, licenciamentos, aquisição de empresas em outros países ou pela própria construção de subsidiárias.
Tal processo de instalação de atividades produtivas em outros países vai exigir das organizações um repertório de competências e conhecimentos muito maior do que aquelas que simplesmente exportam a outros mercados.
Se a empresa cresceu e esgotou sua atuação no mercado doméstico, a busca pela internacionalização virá naturalmente, pelos fatores descritos anteriormente e mais do que tudo pelo acúmulo de capital destinado a investimento.
Daí tem-se que uma empresa bem-sucedida internacionalmente é aquela que mantém relações comerciais, financeiras e tecnológicas com o meio internacional, obtendo total ou parte de seus recursos deste processo.
As empresas brasileiras enfrentam barreiras e fatores limitantes para a sua expansão internacional. Temos dificuldade em oferecer produtos e serviços que atendam às necessidades dos consumidores internacionais.
Apesar da expansão tecnológica as empresas enfrentam dificuldades no levantamento de informações sobre os mercados globais e há insuficiência de profissionais com fluidez em idiomas estrangeiros.
Altos custos de transferência de profissionais ao exterior, bem como a adaptação cultural, trazem barreiras para o acesso aos canais de distribuição no exterior.
Outro fator de comprometimento da viabilidade financeira das operações internacionais é nossa posição geográfica desfavorável, aliada ás rotas dos grandes transportadores marítimos internacionais, que concentram sua atuação no hemisfério norte.
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