top of page

O Dólar, o Euro e a Libra Esterlina como Moedas de Câmbio no Mercado Financeiro Global

  • Foto do escritor: Paulo Corner
    Paulo Corner
  • 3 de ago.
  • 3 min de leitura

Relatório Técnico

PERC – julho de 2025

Imagem feita usando IA. Descrição da imagem: Cidade de Hiroshima devastada em 1945, seguida da Queda do Muro de Berlim em 1989, e a Ícones de Internet, redes sociais como símbolos de superação e reconexão global e Inteligência Artificial (AI), dias atuais.
Imagem feita usando IA. Descrição da imagem: Cidade de Hiroshima devastada em 1945, seguida da Queda do Muro de Berlim em 1989, e a Ícones de Internet, redes sociais como símbolos de superação e reconexão global e Inteligência Artificial (AI), dias atuais.

 

Sumário:

  1. Introdução

  2. Histórico das Moedas de Reserva

  3. O Dólar Americano

  4. O Euro

  5. A Libra Esterlina

  6. Comparação entre as Três Moedas

  7. O Sistema SWIFT e a Teoria Econômica

  8. Desafios e Tendências Futuras

  9. Conclusão

  10. Bibliografia


1. Introdução

Este relatório técnico examina o papel do dólar americano, do euro e da libra esterlina como moedas de câmbio no mercado financeiro global. Analisa-se sua evolução histórica, as teorias econômicas que sustentam sua importância, bem como o funcionamento e a sustentação econômica do sistema SWIFT.

O objetivo é fornecer uma visão abrangente para empresas, governos e investidores sobre os fundamentos e desafios do sistema monetário internacional.

 

2. Histórico das Moedas de Reserva

Desde a Antiguidade, moedas fortes e estáveis sempre foram preferidas para transações internacionais. Do ouro e prata na Roma antiga, passando pela libra esterlina no Império Britânico, até o dólar no pós-guerra, as moedas de reserva evoluíram junto com a geopolítica.

Em 1944, o Acordo de Bretton Woods consagrou o dólar como moeda de reserva mundial, atrelado ao ouro. Após 1971, os EUA abandonaram a conversão em ouro, mas o dólar manteve sua centralidade, sustentado pela confiança nos EUA.

O euro surge em 1999 para fortalecer a União Europeia e rivalizar com o dólar, enquanto a libra sobrevive como símbolo do poder financeiro britânico, ainda relevante nos mercados.

 

3. O Dólar Americano

O dólar domina o sistema monetário por várias razões:

  • A maior economia do mundo.

  • Confiança nos títulos do Tesouro americano.

  • Profundidade e liquidez do mercado financeiro.

  • Commodities globais (petróleo, ouro, soja) são cotadas em dólar.

  • Atuação do Federal Reserve como garantidor de última instância.

Essa hegemonia também é chamada de “exorbitante privilégio”, pois permite aos EUA financiar déficits com custos baixos.

 

4. O Euro

O euro nasceu da necessidade de integração econômica e monetária da União Europeia.

Suas vantagens:

  • Elimina taxas de câmbio entre membros.

  • Reduz custos de transação.

  • Dá maior peso geopolítico à Europa.

Suas Desvantagens:

  • Falta de união fiscal completa.

  • Crises de dívida, como a da Grécia.

  • Vulnerabilidade a choques assimétricos.

Apesar disso, é a segunda moeda de reserva mundial.

 

5. A Libra Esterlina

Durante o século XIX, a libra era a moeda hegemônica, sustentada pelo Império Britânico. Londres continua um dos maiores centros financeiros do mundo:

  • Zona horária estratégica entre Ásia e Américas.

  • Serviços financeiros sofisticados.

  • Confiança histórica.

A libra é ainda utilizada em contratos financeiros internacionais, embora em menor escala.


6. Comparação entre as Três Moedas

 

Comparação entre as Três Moedas
Comparação entre as Três Moedas

 

7. O Sistema SWIFT e a Teoria Econômica

O SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) conecta mais de 11.000 instituições financeiras em 200 países, permitindo comunicação segura para transferências internacionais.

Por que ainda é relevante?

  • Externalidades de Rede: quanto mais participantes, mais valioso. Teoria de Katz & Shapiro (1985).

  • Alta confiabilidade.

  • Baixo custo marginal para novos usuários.

Mesmo com tentativas de alternativas (como o CIPS chinês), o SWIFT se mantém central por causa do custo altíssimo de migração e da confiança nele depositada.


8. Desafios e Tendências Futuras

O sistema atual enfrenta críticas e desafios:

  • Tentativas de desdolarização (China e Rússia).

  • Moedas digitais soberanas (yuan digital, euro digital).

  • Pressões para descentralização financeira.

  • Redes alternativas ao SWIFT.

No entanto, mudanças estruturais acontecem lentamente devido ao peso da confiança acumulada.

 

9. Conclusão

O dólar, o euro e a libra são os pilares do sistema financeiro global. Cada um com seus méritos, fragilidades e esferas de influência. O SWIFT, amparado por externalidades de rede, continua sendo a principal espinha dorsal das transações financeiras globais.

Empresas e investidores devem acompanhar essas dinâmicas para mitigar riscos e explorar oportunidades.

 

10. Bibliografia

  • FMI – Relatórios anuais sobre Reservas Internacionais.

  • BIS – Estatísticas sobre mercados de câmbio.

  • BCE – Publicações sobre o euro.

  • FED – Dados sobre dívida americana.

  • Katz, M. L., & Shapiro, C. (1985). Network Externalities, Competition, and Compatibility.

  • Artigos acadêmicos sobre teoria monetária internacional.

 

 
 
 

Comentarios


Gostou do nosso conteúdo? Inscreva-se para receber atualizações.

Obrigado!

xLogo-Vertical.png.pagespeed.ic.qdafrTVh00.webp

Visite nosso site
www.litrans.com.br

Entre em Contato

Tel: +55 (11) 99013-9489

operacoes@litrans.com.br

Copyright © Litrans – Todos os direitos reservados.

bottom of page